Reflexão da sociedade
- Projeto TEAR
- 17 de ago. de 2019
- 1 min de leitura
Se o cinema é reflexão da sociedade, e reflete nosso passado, presente e futuro. O que será daqueles que apenas se vêem representados em papéis estereotipados que perpetuam o preconceito e racismo?
Levamos o cinema para a Unidade de Internação. Luzes apagadas, pipoca, e o filme “Arteiro” de Bruno Carvalho, num pequeno monitor. Doze adolescentes acompanham vidrados a historia de Tomé, um jovem rapper que está internado em uma Unidade Socioeducativa, e tenta reencontrar na música um novo caminho para seguir. A representatividade não está presente na vida desses jovens que possuem em seus “quartos” apenas uma televisão que acaba se tornando sua única atividade de distração. Nas aulas, eles comentam os capítulos anteriores das novelas. Nos perguntamos aonde eles se vêem refletidos nessas novelas. A minoria é sub-representada.
O desafio aqui, mais do que pensar a arte como ponto de partida é pensar a arte como o lugar a que se deseja chegar. Tomé transforma sua raiva em música. Como mostrar para esses meninos que eles, também, podem transmutar seus sentimentos de injustiça e indignação e que a partir daí criações artísticas podem surgir? Que isso pode vir a ser fonte de renda, fonte de evasão, ou simplesmente diversão?
Nossa missão no Projeto TEAR – troca de experiências artísticas e reinserção, é mostrar para esses jovens que nem sempre a arte único caminho, mas é sempre um ótimo caminho.
Por Roberta Rangel

Por Roberta Rangel
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